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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Como houve ressurreição dos mortos em 70 d.C?


Caro leitor, quero pela graça de Deus e isso em poucas linhas, poder passar pra vocês como podemos entender a questão da ressurreição dos mortos ter ocorrido em 70 d.C. O texto que vou considerar é o clássico I coríntios 15: 51-57
“Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graça a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo”.

Em 1º lugar é indispensável saber que a ressurreição escatológica é a ressurreição pactual e não física como o sistema religioso ao longo da história tem persuadido. Quero explicar melhor isso; a ressurreição escatológica é a implantação dos escolhidos de Deus mortos da velha dispensação (A velha aliança) para a nova dispensação (A graça de Deus). Prestem bem atenção; a troca da aliança da Lei de Moisés para a Graça de Deus está em curso quando o novo testamento foi inscrito é por isso que muitos fazem uma interpretação errada a cerca da Ressurreição dos mortos.

I coríntios por exemplo, foi inscrito em meados de 56 d.C assim como todo o novo testamento. Então se o preterismo “Completo” prega que tudo se cumpriu em 70 d.C. é óbvio que isso tem um sentido.

Agora, como vou te provar que essa ressurreição é pactual? Vou te levar então as Escrituras! “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.” Daniel 12:1-2

Esse texto é essencial, pois mostra que a ressurreição ocorreu em um tempo em que houve uma grande tribulação cujo qual nunca houve na terra! Veja que a tribulação marcaria o evento escatológico da ressurreição. E quando isso aconteceu e que tribulação seria essa? A resposta está em Mateus 24; porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. Mateus 24:21

Louvado seja Deus! Esse texto cai como uma luva. Se você tiver o cuidado de analisar o contexto que antecede esse texto, você verá que o cap. 24 de Mateus está tratando do famoso sermão escatológico do Senhor Jesus. Nele o Senhor responde toda questão a respeito do fim do “aiõn” (V.3) é aqui que muita gente tem tropeçado, pois a palavra mundo no verso 3 de Mateus 24 tem sido entendido erroneamente como cosmos e que na verdade não é! A palavra no grego para mundo em Mateus 24:3 é aiõn, que significa; tempo ou período de tempo marcado por sua característica moral e espiritual. O Senhor Jesus está tratando do fim da antiga! A velha dispensação que tinha como símbolo maior o templo em Jerusalém! Os judeus se orgulhavam do templo, o templo tipificava a aprovação de Deus aquela nação e a sua queda seria o fim da Aliança. Observe que o Senhor focou o templo como escopo escatológico; “Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo. Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.” Mateus 24:1-2

Não foi a declaração da queda do templo feita pelo Senhor que o levou a cruz?
“Ora, os principais sacerdotes e todo o sinédrio buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem entregá-lo à morte; e não achavam, apesar de se apresentarem muitas testemunhas falsas. Mas por fim compareceram duas, e disseram: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus, e reedificá-lo em três dias. Levantou-se então o sumo sacerdote e perguntou-lhe: Nada respondes? Que é que estes depõem contra ti?” Mateus 26:59-62

“E os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Tu, que destróis o santuário e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da cruz.” Mateus 27:39-40

A queda do templo levaria o fim da aliança foi por isso que eles o rejeitaram. Observem que mesmo depois que Jesus foi crucificado, os judeus continuaram a render sacrifícios no templo. Foi por isso que a queda do templo em 70 d.C foi uma marca memorável. A tribulação que precedeu a sua queda foi única na história, nunca houve e nem nunca voltaria a ser. Nesse tempo disse Daniel, “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” Daniel 12:2

Então nesse texto conseguimos encontrar o momento em que ocorreria essa ressurreição.

Morte Hadeana

Muito bem, antes da vinda do reino todos aqueles que morriam ficavam confinados no hades ou sheol conhecido como sepulcro, túmulo... lugar dos mortos. Morte Hadeana se interpõe entre a morte física e a morte eterna ou a vida eterna. Sem o Hades, o homem teria passado da morte física para a morte eterna, pois o sangue de Cristo não estava disponível para salvá-los. Portanto, Deus, pois a alma do homem confinando no Hades até o julgamento do último dia.

Morte Eterna: a morte eterna é a segunda morte ou lago de fogo (Geena). (Ap 20:11-15. Cf Mt 10:28) Tudo aquele que não herdar a vida eterna sofre a morte eterna, a destruição no lago de fogo.

Ressurreição Hadeana: Aqui começamos a nos aproximar da ressurreição, real escatológica dos mortos. “O espírito do homem não cessa de existir com a morte física”. Antes da ressurreição do último dia, o espírito do homem foi mantido vivo e consciente por Deus no Hades”. Os ímpios foram mantidos em “cadeias da escuridão” no Tártaro”, reservados para o juízo." (II Pedro 2:4;... Cf Lc 16:19-31) Os justos foram mantidos na Paraíso para a ressurreição da vida. (João. 5:29. Cf Dan 12:2) Aqueles do Paraíso Hades foram descritos como participantes da (Ap 20:3-6; Cf Mc 12:26, 27) "primeira ressurreição." Esta "ressurreição" consistiu dês de o início com Abel e aqueles para frente até a ressurreição escatológica do último dia.

Ressurreição escatológica: A promessa da ressurreição foi feito pela primeira vez no jardim para Adão. “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." (Gênesis 3:15) A promessa de ressurreição aqui é redigida em poéticos termos em que a serpente é destinada para a morte, Eva se destina para o povo de Deus (a igreja), e a semente da mulher apontava para Cristo. A morte vinha atacar Cristo, feriria o seu calcanhar no Calvário, mas Cristo esmagaria a cabeça da morte pelo poder da sua ressurreição. Os justos que estavam reunidos por Deus no Paraíso Hades pela morte física esperavam a ressurreição escatológica. Então no último dia do antigo pacto, Cristo ressuscitou os mortos no Hades; os maus foram lançados no inferno, o lago de fogo, ou a segunda morte; os justos foram levados ao céu Tomando posse assim do reino. Lembrando que o Paraíso Hades já foi destruído. O Justo agora vai diretamente para a eternidade após a morte do corpo (II Coríntios. 5:1-10) Apocalipse 20:11-15 é a única foto fornecida pela escritura da ressurreição escatológica deixa claro que consistia nas almas individuais levantadas a partir do Hades.

A mudança escatológica

Se a ressurreição escatológica consistia em indivíduos criados a partir do Hades, a “mudança” escatológica era corporativa e de aliança. Ouça Paulo: “Eis aqui vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Por isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. Então, quando este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então será levada para passar o que está escrito, A morte foi tragada na vitória. Ó morte, onde está o teu aguilhão? O túmulo, onde está tua vitória? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Coríntios. 15:51-57).
Paulo indica desde já que o que ele está prestes a descrever é um mistério que requer discernimento espiritual para entender, portanto devemos ter nossa compreensão clara no que ele vem prestes a dar. Vejamos, dois grupos são tratados aqui: os vivos e os mortos. Paulo afirma que nem todos os vivos iria experimentar a morte física ("sono") antes da mudança escatológica. Alguns estariam vivos na volta do Senhor. (Cf. Mt 16:27, 28. João 21:20-23) Os mortos seriam ressuscitados incorruptíveis, mas "nós" (os vivos) "mudados." (V. 52) Qual foi essa mudança? Paulo dá a resposta no versículo seguinte: "Por isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade." (V. 53).

Os mortos foram ressuscitados incorruptíveis, os vivos foram alterados pelo recebimento da imortalidade. Isto é muitas vezes confundido como que significando que os vivos iriam ser "arrebatados" transportados para o reino corporalmente como Enoque, e Elias (cf. João. 21:20-23), isso não é descrito por Paulo no texto. O que era mortal (vida) foi colocado à imortalidade (vida eterna) Paulo falou a respeito da mudança da aliança pelo qual a igreja recebeu a aprovação da filiação e da redenção do domínio do pecado e da morte.
A morte jurídica reinou desde Adão até Moisés, a lei do pecado e da morte não pôde ser sanada pelo sangue de touros e bodes. (Hebreus 10:4) Antes da queda de Jerusalém, toda a criação (judeus e gentios) estava sob cativeiro da corrupção e gemia em dores de parto, esperando coletivamente a redenção do seu corpo. (Rm 8:19-23. Cf Mc 16,15; Col. 1:23;”. Criatura / criação de" Tiago 1:18 sobre o uso do termo) Em sua carta aos Efésios, Paulo fala da "redenção e da possessão." (Ef 1:14) Na cruz, Cristo comprou a salvação do homem. Mas a possessão e a redenção (da igreja) mantiveram-se a ser resgatado quando Cristo teve que retornar a sua noiva e receber para si mesmo. (Cf. Ef 5:27. Cf Ap 19:7-9; 21:9) Assim, durante o cruzamento dos pactos, a igreja continuou sob o domínio do pecado e da morte, olhando para a redenção, o tempo quando o benefício do sangue de Cristo viria em pleno vigor e efeito e que os eleitos receberiam a imortalidade e a filiação divina.

Creio que isso seja o suficiente para a compreensão de que a ressurreição ocorreu em 70 d.C pois a ressurreição foi pactual e não física como muitos esperam.