Por: William H. Bell, Jr.
Quando o livro de Apocalipse foi escrito?
Que influência o tempo da escrita
têm sobre a interpretação do livro?
Essa e outras questões ao redor da data são o
ponto focal deste artigo.
Duas datas possíveis são geralmente sugeridas para a escrita do livro de
Apocalipse. Uma, a mais antiga, é 95 ou 96 d.C. A outra é uma data mais primitiva
e é normalmente sugerida ser algo por volta de 68 d.C.
Por que essas datas são
importantes? Não é porque saber a data precisa ou o ano exato seja
necessariamente importante. Antes, é porque há um período tão grande entre essas
datas que ele influencia diretamente a interpretação e aplicação dos símbolos
encontrados dentro do livro.
Por exemplo, se a data mais antiga pode ser estabelecida, então uma
aplicação a um período mais precoce deve ser ignorada, especialmente visto que o
livro é profético e descreve coisas que “brevemente deveriam acontecer”
(Apocalipse 1:1), isto é, coisas então iminentemente futuras. Eventos que já
tivessem acontecido não poderiam ser considerados de forma alguma. A destruição
de Jerusalém é um evento que aconteceu em 70 d.C.
Aqueles que advogam a data
mais antiga não vêem nenhuma referência, seja qual for, à destruição de Jerusalém
no livro. Eles devem encontrar eventos futuros ao ano 95 d.C, aos quais as
profecias contidas no livro devem se aplicar.
Por outro lado, se o livro foi escrito antes da destruição de Jerusalém, em ou
antes de 68 d.C., então é possível para o intérprete aplicar o conteúdo do livro a
esse evento. Isso torna a datação deste livro um assunto deveras muito importante.
Ele é um assunto sobre o qual todo cristão deveria estar razoavelmente ciente, por
causa das conseqüências que têm sobre um entendimento apropriado deste belo
livro.
Mas essa é uma questão muito difícil para uma pessoa “comum” decidir?
Não, de forma alguma. Na verdade, é somente ocultando das multidões a evidência
que tal ignorância ainda prevalece sobre a data. A evidência é impressionante e
convincente. O estudante mediano da Bíblia pode muito bem se assegurar do
tempo geral no qual este livro foi escrito e da melhor forma de entender a sua
mensagem e conteúdo.
Qual é a evidência para as duas datas? Primeiro, a data mais antiga (95 ou 96 d.C.) é baseada puramente numa evidência externa. Por evidência externa queremos dizer evidência que se origina fora da Bíblia, ou evidência não inspirada. Ela é baseada no testemunho de um homem, Ireneu, que viveu aproximadamente de 130 a 200 d.C. Sua declaração foi preservada por um historiador da igreja chamado Eusébio, que viveu aproximadamente de 264 a 340 d.C. Assim, na melhor das hipóteses, temos um testemunho não inspirado, de segunda mão, para a data mais antiga. A declaração de Ireneu é a seguinte: “Se fosse necessário ter seu nome distintamente anunciado no presente tempo, sem dúvida teria sido anunciado por aquele que viu o Apocalipse; pois não foi muito antes disto que ele foi visto, mas quase em sua própria geração, nos fins do reinado de Domiciano” (citado em The Book of Revelation, Foy E. Wallace Jr., p. 25). Com respeito à declaração acima, estudiosos têm reconhecido que não é possível determinar se Ireneu queria dizer que João foi visto pelo tutor de Ireneu, Policarpo, ou se “o Apocalipse foi visto nos fins do reinado de Domiciano”. Tal ambiguidade destrói este argumento como evidência. Mesmo Eusébio, que registrou essa declaração, duvidava que João, o apóstolo, tinha escrito do livro de Apocalipse.
O ponto aqui é o seguinte: se a declaração não foi forte o suficiente para convencer Eusébio que João tinha sequer escrito Apocalipse, por que muitos pensam hoje que ela é forte o suficiente para convencer a alguém que o apóstolo viu tal livro durante o reinado de Domiciano (95 d.C.)? O mínimo que se pode dizer é que esse argumento é fraco. Outros que comentam sobre a declaração dizem: “Sua citação (de Eusébio) nem sequer menciona ‘a escrita’ de Apocalipse, mas refere-se somente ao tempo quando certas pessoas anônimas alegavam ter visto o apóstolo ou a profecia, ninguém sabendo qual.
Qual é a evidência para as duas datas? Primeiro, a data mais antiga (95 ou 96 d.C.) é baseada puramente numa evidência externa. Por evidência externa queremos dizer evidência que se origina fora da Bíblia, ou evidência não inspirada. Ela é baseada no testemunho de um homem, Ireneu, que viveu aproximadamente de 130 a 200 d.C. Sua declaração foi preservada por um historiador da igreja chamado Eusébio, que viveu aproximadamente de 264 a 340 d.C. Assim, na melhor das hipóteses, temos um testemunho não inspirado, de segunda mão, para a data mais antiga. A declaração de Ireneu é a seguinte: “Se fosse necessário ter seu nome distintamente anunciado no presente tempo, sem dúvida teria sido anunciado por aquele que viu o Apocalipse; pois não foi muito antes disto que ele foi visto, mas quase em sua própria geração, nos fins do reinado de Domiciano” (citado em The Book of Revelation, Foy E. Wallace Jr., p. 25). Com respeito à declaração acima, estudiosos têm reconhecido que não é possível determinar se Ireneu queria dizer que João foi visto pelo tutor de Ireneu, Policarpo, ou se “o Apocalipse foi visto nos fins do reinado de Domiciano”. Tal ambiguidade destrói este argumento como evidência. Mesmo Eusébio, que registrou essa declaração, duvidava que João, o apóstolo, tinha escrito do livro de Apocalipse.
O ponto aqui é o seguinte: se a declaração não foi forte o suficiente para convencer Eusébio que João tinha sequer escrito Apocalipse, por que muitos pensam hoje que ela é forte o suficiente para convencer a alguém que o apóstolo viu tal livro durante o reinado de Domiciano (95 d.C.)? O mínimo que se pode dizer é que esse argumento é fraco. Outros que comentam sobre a declaração dizem: “Sua citação (de Eusébio) nem sequer menciona ‘a escrita’ de Apocalipse, mas refere-se somente ao tempo quando certas pessoas anônimas alegavam ter visto o apóstolo ou a profecia, ninguém sabendo qual.
Isso não prova nada. E mais: isso se ele quis dizer que o Apocalipse
foi visto, e se o que estava originalmente contido na citação pudesse ter referência à
tradução grega , se é que de fato referia-se ao Apocalipse. Aí vai se embora o caso
todo para a data mais antiga (Commentary on Revelation, Burton Coffman, p 4).
Finalmente, Ireneu disse da idade de Jesus, “mas a idade de 30 anos é a
primeira da mente de um jovem, e que essa alcança até mesmo os quarenta anos,
todo o mundo concordará: mas após os quarenta e cinqüenta anos, começa a se
aproximar da idade velha: na qual o nosso Senhor estava quando ensinou, como o
Evangelho e todos os Anciãos testemunham…” (Citado em Before Jerusalem Fell,
Kenneth L. Gentry, p. 63). Podemos confiar no testemunho de um homem que diz
que Jesus ensinou por 15 anos e que tinha cinqüenta anos de idade quando morreu?
Todavia, basicamente existe apenas o seu testemunho para a data mais antiga especificamente 64-68 d.C.