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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O Tabernáculo de Deus entre os homens e o retorno ao jardim.

                                                

Por Don Preston

Uma coisa que falta no entendimento de alguns comentaristas é que o Jardim do Éden era considerado um templo. Isso foi reconhecido pelos estudiosos desde os tempos antigos, incluindo os rabinos. Entenda como isso é sério:

Quando o homem foi expulso do Éden, do jardim de Deus, o homem então deixou de está na presença de Deus, foi expulso essencialmente do templo! Lógico que esse templo não era um edifício físico, mas era mesmo assim o Templo de Deus. Era um templo "não feito com as mãos".

Então veja; Já que a Escatologia Consumada nos ensina sobre a restauração do homem ao Jardim, e como o Jardim era o Templo de Deus, não feito por mãos. Logo a Escatologia Consumada nos ensina sobre o retorno do homem ao Templo de Deus.

Desde o início, portanto, o Templo e a escatologia estão inextricavelmente relacionados. Eles são sincrônicos no que diz respeito à satisfação - em outras palavras, quando o Templo de Deus é estabelecido o homem é restaurado para o Jardim. E isso é precisamente o que encontramos em Apocalipse 21-22!

Infelizmente os dispensacionalistas focalizam o Templo de Salomão como se fosse à expressão final escatológica do Templo de Deus. Eles insistem que em breve veremos a reconstrução de outro templo físico (3º Templo) para marca o seu retorno a terra e a restauração de todas as coisas. O que eles não conseguem perceber é que o Templo da Antiga Aliança foi, desde o início, uma mera sombra de "coisas melhores que havia no por vir"! Agora, se o Velho Templo era uma mera sombra de um Templo melhor e eterno, então qualquer doutrina que se concentre na reconstrução de um edifício físico não tem lugar pra nossa fé cristã.

As escrituras deixam claro que um templo físico nunca foi o plano determinante do Templo de Deus entre os homens. Mas, note isso, e é muito importante que os amilenistas e pós-milenistas afirmam acreditar que a igreja é o templo prometido nas profecias do A.T feitas a Israel. Eu concordo, mas esse entendimento na verdade, fatal para todas as escatologias futuristas, inclusive para os amilenistas e pós-milenistas!

Se a igreja é o templo prometido no A.T, o homem retornou ao jardim! Lembre-se, o Jardim era o Templo de Deus - um templo não feito com as mãos. E claro, qualquer pessoa familiarizada com o N.T sabe que é precisamente assim que a igreja é descrita - um templo que não é feito com as mãos.

Será possível por tanto que ainda estejamos aguardando a ressurreição, no entanto, no final do milênio, o tempo em que “o tabernáculo de Deus estará com os homens?”. Se isso for verdade, significa que o Templo de Deus ainda está “em construção”. Significa que os dons carismáticos ainda estão em operação, desde que esses dons foram dados para completar o Templo de Deus (Efésios 4: 8-16)!

Lembre-se, Jardim e Templo estão inextricavelmente ligados uns aos outros. Mas, retornar ao Jardim, ou seja, retornar ao Templo é a restauração da vida perdida em Adão, ou seja, a ressurreição!

Existe um conceito encontrado no A.T e no Novo que o Templo seria finalizado somente quando os inimigos de Deus fossem derrotados. (Isso era verdade até nas antigas culturas pagãs). Este foi o caso, por exemplo, quando Deus deu a Salomão “descanso” de seus inimigos. Foi então que ele pôde construir o templo. Então, a derrota dos inimigos de Deus e a conclusão do Templo andam de mãos dadas. Soa familiar? Se não, veja Salmos 110 e 1 Coríntios 15: 21-25

Não há dicotomia entre o estabelecimento da igreja como o Templo de Deus e a Escatologia Realizada. A igreja não é um tipo ou prenúncio de outro templo maior a ser construído em algum “fim de tempo” proposto. Essa visão não tem credencial bíblica e temos mais duas razões pra isso:

1º) Que o Templo prometido já estava em construção, através dos últimos dias, o ministério do Espírito (Efésios 2), e 2º) Cristo estava prestes a vir nas nuvens da para dedicar ao Templo Eterno Messiânico de Deus, o Tabernáculo Verdadeiro, que Deus criou e não o homem, não dessa criação (Mateus 24: 29-31; Hebreus 8: 1-13).

Logo, não devemos esperar o tabernáculo de Deus entre os homens. O fundamento do eterno templo já foi estabelecido no primeiro século, em Cristo e nos apóstolos (Efésios 2: 19-22). O Templo estava em construção durante os quarenta anos do Segundo Êxodo e dedicado à consumação das Setenta Semanas de Daniel. Deus agora habita novamente com o homem nascido e regenerado segundo sua graça e misericórdia. O Tabernáculo de Deus está novamente com o homem, estamos de volta ao Jardim!

“Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro.

No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão,” Apoc. 22:1-3

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

A Queda de Jerusalém em 70 d.C foi apenas um evento local?


Imagem relacionada
Por Erivelto Soares

Essa é uma questão muito importante para ser tratada. Pois é justamente esse o aspecto que os futuristas dão a queda de Jerusalém pelos Romanos em 70 d.C.

Eles não aceitam de forma alguma que a queda de Jerusalém, embora local, teve sem dúvidas uma repercussão mundial. Pra eles o Senhor Jesus teria vindo em julgamento para Jerusalém e que voltará a qualquer momento da história para o arrebatamento da igreja e ressurreição dos mortos. Logo há uma descarada desassociação dos fatos, que coloca a conclusão escatológica em duas fazes com as mesmas características de cumprimento profético. Na verdade, não existe nada disso nas escrituras, não há como desassociar a queda de Jerusalém da parousia! A verdade é que a destruição de Jerusalém embora sendo apenas local, houve sim uma repercussão mundial. Vejamos:

“Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas: e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros os perseguireis de cidade em cidade; para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração”. Mateus 23:34-36

Aqui encontramos uma grande sentença onde o Senhor Jesus diz que os escribas e fariseus iria pagar pela morte de Abel, o sangue de Zacarias como todo sangue dos justos derramado sobre a terra dês de a criação, quando Jerusalém nem existia ainda!

Qual o motivo então da tamanha sentença de Deus sobre aquela geração?

A questão é que Israel era o povo da aliança! Deus fez um pacto com Israel onde por intermédio dos estatutos, eles seriam a nação peculiar de Deus, a nação modelo, onde se adorava um só Deus o criador e que eles viveriam em plena justiça em obediência ao estatuto criado nos dias de Moisés a eles (Deuteronômio 27). Não obstante Israel não obedeceu aos estatutos e foi assim por várias gerações. Nos dias do Senhor Jesus, era observado a sentença daquela obstinação a qual constituiria em uma nova Aliança entre Deus e sua igreja, formada de Judeus e Gentios de toda a terra.

É importante também entender que quando a Bíblia fala do "mundo" no novo testamento, não está se referindo ao mundo globalizado de hoje! Não tem nada a ver com países colonizados! Com Washington! Com a estátua da liberdade! A Torre Eiffel... (Senários que geralmente são apresentados nos “sugestivos” filmes escatológicos criados em Hollywood). Essa deve ser também um fator crucial que responda seriamente a ignorância do entendimento escatológico da Igreja de Cristo.

Abaixo veremos uma imagem do que constituía o mundo no novo testamento:





Exatamente isso! Esse era o mundo no grego (oikoumene=Terra Habitada). Pra ser mais preciso quanto ao período descrito do mapa, é importante levar em conta as palavra do Senhor Jesus: “Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração”. Mateus 23:36 (A geração que compunha esse oikoumene)

A palavra geração aqui no grego é “genea” que significa contemporâneos! Fica claro que não se refere a nossa geração do século 21. Outro texto bastante importante que anula totalmente a questão que a destruição de Jerusalém tenha sido apenas um acontecido local é o de Mateus 24:21 que diz: “Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. ”

Glória Deus! Amo esse texto pois deixa provado que a vinda de Jesus em destruição de Jerusalém foi única na questão da parousia. Se a grande tribulação que culminou a destruição de Jerusalém em 70 d.C foi como nunca houve desde o princípio do mundo e nunca haveria de ocorrer novamente na história da humanidade, como alguns estudiosos insistem em dizer que haverá a grande tribulação enfrentada pela igreja dos nossos dias? Se essa ideia fosse verídica o Senhor Jesus estaria mentindo! Pois o próprio Cristo foi enfático em declarar que aquela tribulação foi única! Mesmo que ocorra a terceira guerra mundial com uso de armas atômicas, com maior número de mortos da história, não se comparará a queda de Jerusalém ocorrida em 70 d.C.

A queda de Jerusalém com a destruição do templo foi o fim de uma dispensação! O fim de lei e inauguração da Aliança da Graça de Deus com a sua criação. Por isso que a queda de Jerusalém em 70 d.C foi única. Tudo novo se fez a partir dessa destruição! O mundo condenado pela morte devido ao pecado, foi reconciliado com Deus por meio de Cristo Jesus. O Senhor cessou a antiga aliança com Israel para que os da fé tanto dos judeus como gentios tomasse posse desse novo céu e nova terra em uma Aliança eterna que se estende de geração a geração. O texto de Efésios 3 nos esclarece gloriosamente esse ocorrido: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios; Se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que para convosco me foi dada; Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi; Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas; A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, E demonstrar a todos qual seja a comunhão do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória. Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a essa glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém”

Enquanto o templo estivesse erguido a antiga aliança estava em vigor com todos os rituais e abluções que não tinham eficácia alguma contra a corrupção do pecado. Então o mistério que estava em oculto foi desmitificado a saber que os gentios são co-herdeiros de Jesus. O Ap. Paulo foi o precursor do evangelho aos gentios enquanto os dias se aproximavam da queda de Jerusalém 70 d.C (Mateus 24:14/ Romanos 10:17-18) e por isso é uma atrocidade hermenêutica comprovada desassociar a queda de Jerusalém com as admoestações do Ap. Paulo em suas epístolas a respeito do fim, se ele estava em missão de preparar os fiéis gentios, para unidos pela fé aos judeus cristãos constituírem a igreja de Deus, os santos da nova Jerusalém que foi inaugurada gloriosamente no retorno do amado.


Soli Deo Glória

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Comunhão para a igreja pós-70 d.C


 Por Ward Fenley 

Entre as muitas questões que surgem como resultado da parousia realizada no primeiro século (ou vinda de Cristo) há uma que merece nossa total atenção e consideração que é a da comunhão Cristã após 70 d.C. A Escatologia cumprida ou Preterismo Completo, como qualquer outra crença, tem adeptos que foram encontrados como extremos pelos pontos que são considerados a sua fé. De fato, muitos de nós fomos acusados várias vezes assim...Sim! somos de fato extremos quando comparados à Escatologia tradicional. Por exemplo, a afirmação de uma parusia Realizada no primeiro século é extremo para muitos tradicionalistas. A afirmação da realidade atual do Reino de Deus é para muitos tradicionalistas um repúdio ao dispensacionalismo, ao pré-milenista, ao parcial Preterismo... É puro extremo para muitos tradicionalistas. No entanto, é bom entender que por se mantém uma visão percebida como extrema pelos tradicionalistas, não necessariamente a faz errada, uma heresia! Algo em extremo pode significar "demais"! Mas também pode significar "em grande medida".

Há alguns que tomaram certos versos da Bíblia e criaram doutrinas extremas (e muito negativas) Se você ver o ponto de vista dos Preteristas Universalistas, vão entender o quanto eles são terríveis! Um desses verso é o de Hebreus:

Hebreus 10:25 "Não deixando nossa própria congregação, como é costume de alguns, mas exortando uns aos outros; e tanto mais quanto vedes o dia se aproximando." 

Alguns vêem este versículo como indicando um período de interrupção para a necessidade de comunhão. Afinal, eles argumentam, uma vez que "o dia" chegou e se foi, não há necessidade de companheirismo, de orações, de trocar experiencias, de buscar consolo...Este é, no entanto, um argumento fácil de desmontar. Nossa primeira resposta deve ser na forma de uma pergunta: não deveríamos também encorajar amor e boas ações? A maioria desses pensadores em seus raciocínios pensam que é absurdo encorajar um ao outro a prática do amor e boas obras. Então devemos citar o verso anterior:

Hebreus 10:24 "...e consideremo-nos uns aos outros para provocar amor e boas obras;" 

No contexto, vemos como esses elementos de comunhão e amor não podem ser separados:

Hebreus 10: 24-25 "...e consideremos uns aos outros para provocar amor e boas obras; Não deixando nossa própria congregação, como é costume de alguns, mas exortando uns aos outros; e tanto mais quanto vedes o dia se aproximando." 

Uma vez que estabelecemos a necessidade de ter “nossa própria reunião”, ou comunhão, para a prática do amor e boas obras, devemos avaliar cuidadosamente a passagem e outros textos para ver como isso pode e deve ser cumprido em uma era pós-70 d.C.

A passagem usa uma frase para contrastar o abandono da reunião afirmando: “mas exortar uns aos outros muito mais…” Isso deve nos fazer a pergunta: qual deve ser o foco principal de “ordem?” A resposta é: Exortar um ao outro. A palavra grega éparakaleo paraclete, que é a palavra usada para descrever o Consolador, ou Espírito Santo, que foi enviado para consolar os santos do primeiro século durante a pregação e a tribulação do primeiro século. 

O que esse conforto implica e qual é a natureza desse conforto em uma geração de computadores e Smartfones do século 21? 

Boa pergunta; Vamos começar abordando a natureza da exortação desse texto de Hebreus 10:25. Veja; Em uma época em que a tecnologia, as comunicações por satélite e a internet são meios fundamentais de comunicação, a natureza da exortação adquire uma face totalmente nova. Por meio de bate-papo em tempo real, videoconferência e, claro, conexões de telefone celular e fixo, podemos nos comunicar com outras pessoas em todo o mundo. 

Podemos realmente nos beneficiar desses tipos de comunicação na medida em que podemos chamar isso de exortação? 

A resposta que se houve é um sim enfático. Negar isso seria dizer que devemos negar qualquer influência positiva de acesso à pregação do Evangelho por qualquer outro meio de comunicação que não seja por uma comunicação pessoal. Quem nunca foi encorajado por um telefonema de um ente querido? Ou ouviu uma mensagem / sermão ou até mesmo uma gravação em CD ou mp3 de algo que o edificou ou consolou? Logo; qualquer meio que nos edifique em nossa mais santa fé pode ser identificado como reconfortante. No entanto, a passagem é clara: “não abandone o encontro ...” É essa palavra que é imperativa para nossa compreensão da passagem e o que deveria ser parte integrante da vida cristã.

Antes das invenções da comunicação por telefone, televisão e internet, o único meio de comunicação era através do correio. Mas o correio não está mais ativo. Essa é uma distinção que deve ser feita, pois você nunca ouviria Paulo dizer que uma carta comunica a paixão, a emoção e a profundidade de se reunir. Não nos esquecemos das mensagens em tempo real que também não pode fazer isso. Já As conversas telefônicas transmitem um pouco disso, mas mesmo assim a presença e a personalidade de uma pessoa são perdidas. Afinal, os olhos falam muito de uma pessoa, bem mais do que se possa imaginar! Vamos considerar então a comunicação por vídeo. O vídeo tem tudo! (visibilidade e audibilidade), Ao mesmo tempo contém as imagens e os sons da pessoa a quem você está ouvindo ou com quem você está se comunicando, é uma das duas forma que temos de nos comunicar (a outra é por meio da presença física) de ter o companheirismo. Nisso cade uma questão: Como os cegos e surdos têm comunhão? Isso se resume à realidade imutável de uma pessoa, de um ser. Todo o vídeo e áudio é meramente uma representação. Porém, nada pode recriar uma pessoa real. Uma pessoa surda e cega seria excluída dos benefícios da irmandade se a irmandade dependesse apenas da capacidade de perceber a pessoa, as coisas visualmente e audivelmente.

Há algo muito maior sobre a presença de uma pessoa que está além da visão e do som o qual torna uma pessoa única e real . É de suma importância então entender que o ser humano tem uma presença que o vídeo e o áudio não podem substituir. Uma pessoa presencial tem cheiro, toque...Até mesmo o timbre da voz que não pode ser igualado nem mesmo pelo áudio mais avançado. Nenhuma reprodução digital pode reproduzir exatamente o que você está experimentando em um determinado lugar. Quando essa pessoa está perto de você, a presença dela está perto de você. 
Afinal, essa pessoa é onde você está, na mesma sala, sob a mesma árvore, no meio do mesmo campo. Deus usa os sentidos para nos alcançar através de cada pessoa com quem nos comunicamos, ou temos comunhão presencial com elas. Não é fascinante que a palavra grega para companheirismo seja koinonia? A mesma palavra é usada para a comunhão:

2 Corinthians 6:14 Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? e que comunhão tem luz nas trevas?

É verdade que é possível ter companheirismo (ser consolado) através do telefone, da internet, do bate-papo ou mesmo de videoconferências, e todos esses parecem se qualificar como meios de companheirismo. Pois em todos esses tipos de comunicação o conforto pode ser encontrado. Mas acho que todos concordamos que a forma ideal de comunhão ou companheirismo é quando realmente nos reunimos. Deve ser salientado, no entanto, que a nossa reunião física não deve diminuir o significado maior da nossa união espiritual real em Cristo e uns nos outros. "Porque em Cristo todos são um", diz Paulo (Gálatas 3). Porém, Deus graciosamente nos deu o privilégio de poder experimentar a bela representação daquilo que sempre temos em Cristo, dando-nos a presença física um do outro (ou, por falar nisso, a presença virtual ). Portanto, como filhos de Deus, lutemos sempre para estar na presença um do outro, independentemente de nossa localização física e, certamente, independentemente de podermos ver ou ouvir fisicamente. Ao considerar estas coisas, cresça em sua ação de graças e em sua busca pelo conforto que Ele (Deus) e Seus filhos nos dão através da presença uns com os outros. Pois nessa mesma presença temos a magnífica representação de nossa união com Deus e Seu povo.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Como entender a respeito do reinado do Ungido de Deus?


 Por Erivelto Soares


O fato é que o Ungido deveria reinar em Jerusalém. (Salmos 2, Isaías 24:23) E depois do fim dos tempos, Sião ou Jerusalém se tornariam a capital do reino do Ungido de Deus. (Isaías 2: 2) Mas que Jerusalém estamos falando que se tronaria a capital do reino do Ungido de Deus? De acordo com Hebreus 12:22 e Gálatas 4:26, há também uma Jerusalém no céu. Hebreus 12:22 diz: “Mas tendes chegado ao Monte Sião, à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial..." Todo crente em Jesus é parte desses milhares e milhares de anjos em alegre reunião. Gálatas 4:26 também menciona uma Jerusalém que está no céu:“Mas a Jerusalém que está em cima é livre, e ela é nossa mãe.” 
O texto mais impressionante sobre o reinado do Ungido de Deus na Jerusalém Celeste banqueteando com os santos ressuscitados ao estabelecer o seu reino está registrado em
Isaías 25: 6-8 que diz: "O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados. Destruirá neste monte a coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as nações. Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o SENHOR Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o SENHOR falou."

Essas são evidencias gloriosas que anulam totalmente qualquer proposta que possa levar ao consentimento da igreja de Cristo a necessidade da restauração do templo de Jerusalém terrena, com a volta do sacerdócio levítico para uma pseuda esperança de um governo de Cristo em nossos dias ou em um futuro qualquer!

Em João 18:36, Jesus diz: “Meu reino não é deste mundo”. Nesta simples declaração, Jesus esclarece por que ele defende o pagamento de impostos a César em Mateus 22:21. Jesus nunca pretendeu ser o rei terreno em Israel. Quando Jesus declara que Seu reino não é deste mundo, Jesus está dizendo que Seu reino está no céu. Em Atos 7:56, Estêvão olha para o céu e vê Jesus à direita do Pai. Atos 7: 48-49 declara: “O Altíssimo não vive em casas feitas por homens. Como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra é o escabelo de meus pés..." O fato de que Jesus governa à destra do Pai coloca o trono do reino messiânico no céu. O Messias governa a terra de um trono celestial e não terrestre. Pedro deixa claro esse fato em Atos 2: 22-36. O fato de que Jesus governa o mundo à destra de Deus no céu também é indicado em Hebreus 8: 1 e Apocalipse 3:21. É por isso que Jesus chama o Seu reino de o reino dos céus através dos Evangelhos. O reino dos céus é o reino messiânico.

Evidências históricas interessantes sugerindo que Jesus ensinou a Seus discípulos que o reino messiânico deveria estar no céu são encontradas nos comentários de Hegésipo (Historiador do século ll) sobre os Atos da Igreja escritos entre os anos 165-175. Segundo Hegésipo, os netos de Judas, irmão de Jesus, foram levados a César Domiciano, onde lhes foi perguntado qual era a natureza de Cristo e de Seu reino e quando e onde deveria aparecer. Ao que estes homens responderam "que não era deste mundo, nem da terra, mas pertencentes à esfera do céu e dos anjos.

O reino de Jesus, o reino de Deus ou o reino dos céus, é um reino espiritual centrado no céu e é por isso que é chamado o reino dos céus. Embora este reino esteja centrado no céu com o trono de Deus, também está presente na terra no meio dos santos. O fato de que o reino de Deus ou o reino dos céus também está presente na terra na presença dos santos é explicitamente indicado em Lucas 17: 20-21: “Uma vez, ao ser perguntado pelos fariseus quando o reino de Deus viria Jesus respondeu: A vinda do reino de Deus não é algo que possa ser observado, nem as pessoas dirão: 'Aqui está', ou 'Ali está', porque o reino de Deus está em seu meio”. O reino de Deus está presente no meio dos santos, estejam eles no céu após 70 d.C ou ainda vivendo na terra. Em outras palavras, os santos no céu e na terra como um todo coletivo são o reino de Deus. Observe que Lucas 17: 20-21 diz que o reino de Jesus “não é algo que possa ser observado, nem as pessoas dirão: 'Aqui está' ou 'Ali está” Lucas 17: 20-21 claramente Dissipa a ideia de que o Reino Messiânico deveria ser um reino visível em que Jesus reinaria corporativamente na Terra em um reino físico centrado em Jerusalém com o terceiro templo erguido. Pelo contrário, o reino messiânico é um reino espiritual presente com os santos, quer residam na terra ou no céu após 70 d.C. 

Esse é o reino de Ungido de Deus que governa terra é céu, Espírito porém real. Infelizmente por mais que os textos nos esclareça totalmente essa questão da natureza do Reino de Cristo, ainda há uma ânsia exacerbada  pela vinda corpórea de Cristo para um reinado que é totalmente espiritual. Impressionante como a ignorância nos faz refém!

Soli Deo Glória  

quarta-feira, 20 de junho de 2018

A igreja que AINDA não deu conta do soar da sétima Trombeta



Por Erivelto Soares


“...mas que nos dias da voz do sétimo anjo, quando este estivesse para tocar a trombeta, se cumpriria o mistério de Deus, como anunciou aos seus servos, os profetas.”  
Apocalipse 10:7

E o sétimo anjo soou; e levantaram-se vozes altas no céu, dizendo:

“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,  dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar. Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.” .Apocalipse 11: 15-19

Aqui na visão de João temos o filho do homem vindo na glória do pai com anjos e trazendo a recompensa a todos pelo que fizeram: Tanto trazendo recompensa pelos santos, como  destruição a os apóstatas. Diz o texto que João viu o céu aberto e o verdadeiro templo revelado. E dentro do templo ele viu a Arca da Aliança. A arca era o paládio de guerra de Deus, era comum na guerra ela ser levada para a batalha e que levava os inimigos de Israel ao pânico. No livro de Números encontramos uma passagem que ilustra bem isso em que Moisés marcha com Israel em direção a Cades-Barnéia  dizendo: “Levanta-te, ó SENHOR! Que seus inimigos sejam dispersos; que vossos inimigos fujam diante de ti.” Números 10: 35-36

A arca precedia os guerreiros para a batalha. A visão de João em Apocalipse 11 sinaliza que uma batalha estava prestes a acontecer. O restante da revelação dada a João mostra que aquela batalha estava vindo contra Jerusalém o qual se tornou notório na sua queda em 70 d.C.

Este foi o desfeche da sétima trombeta. Infelizmente a igreja de Cristo entendeu tudo errado. Ela vive desnorteada em uma penosa espera que não tem fim onde os tempos em que ela tem perdido desfrutando do reino já estabelecido, fica aguardando o tão sonhado e desejado dia chegar...” o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de Deus dá recompensa aos seus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o seu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.” A igreja de Jesus não compreende que se a trombeta já tocou, o tempo do fim acabou! Não haverá mais. 
O mistério de Deus foi revelado ao soprar da sétima trombeta o mistério de que todos seriam acolhidos no reino de Deus sem divisão entre judeus e gentios, sem divisão entre macho e fêmea já se revelou. Cristo de fato governa agora e para sempre como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Negar seu reino é negar nossa salvação e nossa aceitação em seu reino. Se ele não veio uma segunda vez com seus anjos na glória então a sétima trombeta não soou e o mistério de Deus não foi cumprido. E se o mistério de Deus não foi cumprido, nós que somos de origem gentílica ainda somos como os cães fora do templo. Negar o seu reinado é negar o cumprimento do novo pacto e ser obrigado a guardar os rudimentos do antigo sistema de aliança com o seu templo feito por mãos humanas e acolher os sacrifícios regulares feitos por um sumo sacerdote humano.
Igreja de Cristo! Lavada e remida! Escolhida e eleita antes da fundação do mundo. Pare com essa fantasiosa hermenêutica que nega o Cristo que venceu! Pare de viver defendendo confissões de fé institucionais cujo mérito é puramente denominacional e religioso não emanada nas escrituras! Chega de viver rendida aos caprichos de canções, hinários e hinos que clamam a vinda de Jesus e o seu reino assim como as assombrosas rezas que fazem vans repetições de Mateus 6:10!

Liberte-se das amarras da ignorância e viva no pleno gozo do Senhor que morreu para te dar vida juntamente com Ele! Viva a fé da Igreja de uma Escatologia Consuma, de Jesus Cristo que veio em Glória e Reina pelo séculos dos séculos. 

“O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.” Amém!

segunda-feira, 7 de maio de 2018

A ressurreição dos mortos no último dia


                   Por Charles S. Meek 

Os preteristas completos estão persuadidos de que a chamada Ressurreição dos mortos ocorreu no passado, quando o hades, a morada temporária dos mortos, foi abolida. Foi quando aqueles que residiam no hades foram para o seu destino eterno, os fiéis foram HERDARAM A ETERNIDADE, os condenados (vasos de ira) para o lago de fogo (entendido como castigo consciente eterno ou aniquilação). 
Embora isso pareça estranho para os futuristas que nunca o estudaram cuidadosamente, há fortes provas bíblicas de que isso aconteceu em 70 d.C Vamos começar com o Antigo Testamento. A passagem mais importante da ressurreição é Daniel 12, que afirma: “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. ...e quando tiverem acabado de espalhar o poder do povo santo, todas estas coisas serão cumpridas. Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso eu disse: Senhor meu, qual será o fim destas coisas? E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim. ...o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, Tu porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias”. Daniel 12: 1-2,7b-9,11a-13 

Existem inúmeros indicadores de que isso aconteceu em 70 d.C Por exemplo, aconteceria quando o sacrifício contínuo fosse tirado! Quer dizer, os sacrifícios pelos pecados terminassem. Claramente isso foi em 70 d.C, quando o templo foi destruído! Foi também o tempo da “abominação da desolação” que Jesus disse que estaria no tempo de sua geração (Mateus 24:15,34). Além disso, o livro de Apocalipse declarou a conclusão de toda a revelação do livro pouco antes de 70 d.C, quando seu cumprimento era então iminente (Apocalipse 22:10). Assim, o selamento de Daniel 12: 9 e a revelação de Apocalipse 22:10 são suportes de livros que definem o tempo da conclusão de todas as coisas em 70 d.C 
Agora, vamos para alguns exemplos do Novo Testamento que proclamam no primeiro século a iminência da ressurreição e do julgamento coincidente: “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos”. Atos 24:15 

“Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino”. Mateus 16:27,28 

“Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. Atos 17:30,31 

Aqui está outra passagem interessante: ’ Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo. E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente, é o Filho do homem; O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno; O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniquidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. Mateus 13:36-43 

 A questão aqui é: “Quando foi o fim do mundo?” Bem, não é o fim da era cristã nem o fim da história. Essas ideias são estranhas à Bíblia. O fim do “mundo” era na verdade o fim da era da antiga aliança, que terminou em 70 d.C. Há por alto, quinze menções diretas de fatos relacionados aos “últimos dias / fim dos tempos” no Novo Testamento que está relacionado a igreja do primeiro século e não a igreja do século XXI. Outra passagem importante sobre a ressurreição dos mortos é Apocalipse 20. 

Existem na verdade, mais de 30 passagens no livro de Apocalipse que diretamente ou indiretamente ligam seu cumprimento ao primeiro século em 70 d.C, com a queda de Jerusalém! Logo isso restringe o cumprimento de toda a Revelação ao primeiro século. Abaixo está a lista. Os que estão em negrito dizem especificamente que os eventos iriam acontecer em breve, o tempo estava próximo ou deveria ocorrer em breve. Além disso, várias passagens incluem a palavra grega MELLO, que significa “aproximadamente”. São elas: Apocalipse 1:19; 3: 2, 10, 16; 6:11; 8:13; 10: 7; 12: 4 e 5; 17: 8 Você pode ver isso corretamente com a ajuda de um dicionário do grego : Apocalipse 1: 1; 1: 3; 1: 7; 1: 9-10; 1:19; 2:10; 2:16; 2:25; 3:10; 3:11; 4: 1; 6: 11-17; 8:13; 10: 6-7; 11: 2; 11: 8; 11: 15-19; 12: 4,5; 14: 7; 14: 14-20; 15: 5-8; 16: 6; 16:19; 17: 8; 18:19, 24; 20: 7-10; 20: 11-15; 22: 6; 22: 7; 22:10; 22:12; 22:20 

Com relação à ressurreição no discurso do Monte das Oliveiras (Mateus 24-25), os preteristas parciais acreditam que de Mateus 24 foi cumprido apenas uma boa parte no passado (70 d.C), o veros 36 até o capítulo 25 (que contém a ressurreição) é futuro. Mas essa separação é problemática. Jesus em nenhum lugar do discurso faz uma mudança claramente e discernível do passado para o futuro dalém de 70 d.C no sermão escatológico! Certamente, a audiência original ou as pessoas que ali estavam, não teriam compreendido tal distinção, o que é claro a partir das passagens paralelas de Marcos 13 e Lucas 17 e 21. Vale atentar que Jesus usou as mesmas palavras para a Segunda Vinda em ambas as seções do Discurso das Oliveiras. Tanto no capítulo 24 como no 25. Essas palavras são ERCHOMAI (verbo) e PAROUSIA (substantivo). Por fim, os cristãos às vezes consideram a ressurreição geral um evento futuro em 1 Coríntios 15: 12-58 e 1 Tessalonicenses 4:13-17. Mas em ambas as passagens, Paulo ensinou que alguns dos que viveram na época da inscrita da epístola ainda estariam vivos na ressurreição e nos eventos relacionados. Veja 1 Coríntios 15: 51-52 e 1 Tessalonicenses 4:15. A menos que Paulo fosse um falso apóstolo? Logo, essas coisas realmente aconteceram quando ele disse que iriam. 

Uma coisa que confunde os cristãos é que a ressurreição não foi para a terra, mas sim para o céu, por isso que não teria sido observável. O autor e teólogo J. Stuart Russell, em seu clássico trabalho sobre escatologia, The Parousia, simplesmente questionou por que qualquer leitor cristão duvidaria do que o texto diz: “O que, então, impede a conclusão de que tais eventos poderiam ter ocorrido sem observação, e sem registro? Outra coisa que faz os cristãos tropeçarem neste ponto é que eles assumem que os corpos dos crentes no céu serão exatamente os mesmos corpos carnais que se encontram nas sepulturas. Isso também está incorreto. Paulo, em I Coríntios 15, usa uma analogia da semente para explicar isso. A casca da semente permanece no chão, enquanto há um novo corpo!  Ele descreve quatro vezes na passagem esse novo corpo como um CORPO ESPIRITUAL. Ele também descreve CORPO IMORTAL e um CORPO GLORIFICADO. Assim, obteremos um novo corpo adequado para nossa existência celestial. Jesus descreve nossos corpos celestes como sendo de anjos do céu (Lucas 20:36). 

A confirmação disto vem de 2 Timóteo 2: 17-18, onde Paulo corrige as ideias da ressurreição de Himeneu e Fileto. Parece que esses homens, e presumivelmente outros da época, pensavam que a ressurreição já havia ocorrido. Se os primeiros cristãos tivessem acreditado que a ressurreição envolveria corpos carnais saindo das sepulturas, como é ensinado hoje coincidente com um arrebatamento literal, cada olho observando o Cristo físico, e a queima do planeta, etc. Himeneu e Fileto nunca poderia ter convencido ninguém de que a ressurreição já havia acontecido. Quando Paulo os corrigiu, ele não disse nada sobre aqueles homens que erraram a natureza da ressurreição. Paulo discordou apenas do tempo da ressurreição, que não se relacionava com nada pelo que Paulo ensinou que antes aconteceria. Os cristãos do primeiro século devem ter acreditado no tipo de ressurreição que Paulo descreveu, que foi sobre uma ressurreição invisível em novos corpos diretamente para o céu, deixando os antigos corpos para trás! 

Eles também acreditavam que a vida na terra continuaria sem mudança material para as pessoas que vivem depois da ressurreição. Então eles não acreditavam que os vivos seriam arrebatados de um planeta em decomposição! Tudo fica bem esclarecido quando levamos em conta que a ressurreição tratada por Paulo faz menção da vitória de Jesus sobre o hades. Agora, por que a dissolução de hades foi tão significativa? Resposta: Pois só assim podemos atestar biblicamente que o trabalho de Cristo foi concluído! Não há razão para uma morada temporária dos mortos depois de 70 d.C As boas novas para os cristãos da Escatologia Consumada é que, por causa do trabalho realizado no primeiro século do Senhor Jesus, os crentes de hoje e dos que virão a crer podem ir diretamente para a vida eterna quando padecermos nesse corpo físico! Não há espera mais no hades, e não há confusão sobre a nossa alma ser "reunida com o corpo" no final dos tempos. Tudo novo se fez! 

quinta-feira, 15 de março de 2018

O que faremos com o termo grego “Mellõ” de um atraso de 2000 anos?



       Por: Tony E. Denton, junho de 2008



NOS LÉXICOS 

No grego do Novo Testamento para iniciantes por J. Gresham Machen, mellõ significa que "está prestes a ".

Em um dicionário compreensivo das palavras gregas originais com seus significados precisos para o inglês o WE Vine, ele definiu mellõ como " estar prestes a ".

Em Robertson's Word Pictures do Novo Testamento de AT Robertson, ele descreveu mello como significado " estar no ponto de ... ”.

No léxico analítico grego do Novo Testamento de George V. Wigram, ele disse que mellõ significa: " estar prestes a estar no ponto de ".

Na tradução literal interlinear do Novo Testamento grego por George R. Berry, mellõ é definido como " estar prestes a fazer, estar no ponto de ... " .

Em um léxico grego-inglês do Novo Testamento de Joseph H. Thayer, escreveu que mellõ O significado é "1. Estar prestes a " e "2. Estar no ponto de ...".

Em uma chave linguística para o Novo Testamento grego por Fritz Reinecker, ele citou a partir de uma gramática grega do Novo Testamento por F. Blass e A. Debrunner em que diz que mellõ significa " estar prestes a, usado com a inf. para expressar iminência ".

Na Enciclopédia da Bíblia Padrão Internacional, lê: "mellõ, referindo-se ao que está prestes a ser, ou seja, no ponto de ocorrência ou imediatamente iminente ".



NAS BÍBLIAS INTERLINEARES

Obviamente, devido ao fato de que o significado primário de mellõ é claramente "estar prestes a ser". Os copistas traduzem este termo dessa maneira quase (se não) sempre. Observe:

Fora as 110 vezes que o termo mellõ é encontrado na Tradução Literal de George Berry do Novo Testamento grego, ela é traduzida "sobre" 92 vezes.

Das 108 vezes que o termo mellõ é encontrado na bíblia Westcott / Hort, ela é traduzida "prestes a" TODAS 108 vezes.

Das 109 vezes mellõ é encontrado no Word Study: Greek-English New Testament (também conhecido como McReynold's Interlinear) é traduzido "prestes a" TODOS 109 vezes. Então, estatisticamente falando ...

Esses estudiosos gregos traduziram mellõ como "aproximadamente" de 95% do tempo.


UMA TABELA ÚTIL

(Definições de GR Berry. Nota lateral: e = epsilon; ē = eta; o = omicron; ō = mega.) [] = Alguns Manuscritos. e "ē mellen" sobre (Lc 7: 2, 9:31, 10: 1, 19: 4, Jo 4:47, 6: 6, 6:71, 11:51, 12:33, 18:32, Mc 12: 6, 16:27, 27:33 e Hb 11: 8) ou ē mellon Aproximado (Jo 7:39, At 21:27, e Rv 10: 4)

mellē = Aproximado (Mc 13: 4, Lc 21: 7, e Rv 10: 7)

mellei = Sobre (Mt 2:13, 16:27, 17:12, 17:22, Lc 9:44, 19:11, Jo 7: 35a e 7: 35b, Eixo 17:31, 23: 3, 26:23, Rm 4:24, Rv 1:19, 2: 10b, 3: 2, Rv 12: 5 e 17: 8)

mellein = Aproximado (At 11:28, 19:27, [23:30], 24:15, 25: 4, 27:10 e 28: 6)

melleis = Aprovado (Jn 14:22, At 22:26, ​​& Rv 2: 10a) [não] atraso (At 22:16)

mellēsete = sobre (Mt 24: 6)

Mellete = prestes a (At 5:35 e Rm 8:13)

mellō = sobre (Mt 20:22 e Rv 3:16)

mellomen = prestes a (1 Ts 3: 4)

mellon = a seguir (Lc 13: 9) futuro (1 Tm 6:19)

Mellōn = (Mt 11:14, Lc 22:23, 24:21, Jo 12: 4, Eixo 20: 7, 20: 13b, 21:37, 26: 2, Hb 8: 5)

Mellonta = Aproximado (Mc 10:32, Lc 21:36, Eixo 13:34 e 23:27) para ser (Rm 8:38)

vindo (1 Cr 3:22)

mellontas = prestes a (At 3: 3, 23:15 e Hb 1:14)

mellontes = Aproximado (At 20: 13a, 22:29, 23:20, 27: 2, Jo 2:12, & Rv 6:11)

mellonti = prestes a (At 20: 3) vindo (Mt 12:32 & Ef 1:21)

mellontōn = Aproximado (At 26:22, 27:30, 1 Tm 1:16, 2 Pt 2: 6, & Rv 8:13)

para vir (Cl 2:17) vindo (Hb 9:11), 10: 1 e 11:20)

mellontos = Aproximado (At 18:14, 24:25, 2 Tm 4: 1, e Hb 10:27) vindo (Rm 5:14)

para chegar (Hb 6: 5)

mellousan = prestes a (Rm 8:18 e Gl 3:23) para chegar (Hb 2: 5) chegando (Hb 13:14)

mellousēs = sobre (1 Pe 5: 1, Rv 3:10 e 12: 4) vindo (Mt 3: 7, Lc 3: 7 e 1 Tm 4: 8)

mellousin = Aprovado (Jo 6:15 e At 20:38)

Aliás, procurando em sete interlineares, achei interessante que ...

~ cinco deles concordaram com a iminência encontrada na frase "sobre" em Romanos 8:18;

~ seis deles concordaram com o mesmo em Atos 17:31, 24:15, 25, 26:22, Apocalipse 1:19, 6:11 e 17: 8; e…

Todos concordaram com o mesmo em Mat. 16:27, Lucas 21:36, Atos 26:22, 2 Tim. 4: 1, Heb. 1:14, Heb. 10:27, e 1 Ped. 5: 1.



UM CONTO HISTÓRICA RELEVANTE 

Eusébio, um historiador cristão dos anos 200 d.C., falando sobre Tiago, o irmão do Senhor, quando ele estava em julgamento: “Tiago respondeu com grande voz: Por que me pedem que eu fale de respeito a Jesus, o Filho do Homem? Ele está agora sentado nos céus, do lado direito com grande Poder, e está prestes (mellõ) a vir nas nuvens do céu” (História Eclesiástica, 2:23:13, p. 60).



CONCLUSÃO 

Então, isso tudo que vimos é apenas uma coincidência? É tudo isso que podemos dar ao luxo de ignorar quando se trata de como nós Interpretamos a Palavra de Deus e como ela se aplica a nós hoje? A inquérito está agora no seu tribunal. O que você vai fazer?



domingo, 4 de março de 2018

PARCIAL PRETERISMO E O RETORNO DE CRISTO NO CORPO FÍSICO.



Por Erivelto Soares

O grande problema da maioria dos Preteristas Parciais não é comprovar que as definições escatológicas segundo o parcial preterismo estejam corretas. Não, esse não é o grande problema. O grande problema deles é colocar na mente dos incautos que as definições escatológicas segundo o Preterismo Completo sejam heresias!

Enquanto os Preteristas Completos comprovam que tudo se cumpriu em 70 d.C, Os Parciais Preteristas dizem que não! Que há profecias a serem cumpridas! E uma dessas profecias se diz respeito ao retorno de Cristo.

A vinda de Jesus pelos parciais preteristas acontecem em duas etapas:

- A Primeira vinda aconteceu em destruição de Jerusalém.

- A Segunda vinda acontecerá em um futuro que nunca chegará! Pois eles não concordam que a vinda de Jesus em 70 d.C seja a mesma que foi pregado pelos Apóstolos em suas cartas e descrita no Livro do Apocalipse. Pra eles nessa segunda etapa, o Senhor Jesus tem que vir em um corpo físico e não espiritual como ocorrerá na parousia em 70d.c.

Uma das tais passagem que eles utilizam é Atos 1:9-11. "Tendo dito estas coisas, foi Jesus elevado à vista deles, e uma nuvem o recebeu e ocultou aos seus olhos. Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que dois varões com vestiduras brancas se puseram ao lado deles, e lhes perguntaram: Galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus que dentre vós foi recebido no céu, assim virá do modo como o vistes ir para o céu. ”

Alguém tem que manter a mesma forma do corpo para ser a mesma pessoa? Óbvio que não! O sentido do argumento de Atos 1:9-11 é que assim como Jesus estava indo NAS NUVENS Ele retornaria NAS NUVENS! (Mateus 24: 30, Daniel 7:13-14, Apocalipse 1:7)

O que se deve levar em conta em Atos 1:9-11 é A FORMA COMO ELE FOI (NAS NUVENS) E NÃO O CORPO FÍSICO. O COPO FÍSICO SÓ ERA PARA DAR TESTEMUNHO DE SUA RESSURREIÇÃO A SEUS DISCÍPULOS E ELES PARA O MUNDO EM SUAS PREGAÇÕES.

A VERDADE ABSOLUTA É QUE JESUS NÃO PERMANECEU E NEM PERMANECE EM UM COPO FÍSICO NOS CÉUS!

O Apostolo Paulo fala algo importante. "Portanto, de agora em diante, a ninguém conhecemos segundo a carne, embora também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, mas agora nós não conhecemos desse modo mais ", 2 Coríntios 5:16).
Para corroborar o acima exposto de Atos 1:11, onde a frase "assim virá de modo que o vistes subir" não se refere em tempo nenhum a aparência corporal de Cristo, João estava presente quando Jesus subiu. Ele, juntamente com os outros apóstolos viram a aparência física de
Cristo, quando ele ascendeu ao céu. No entanto, cerca de trinta anos mais tarde, escreve ele, "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é.” (1 João 3:2).

Se Atos 1:11 se referisse mesmo ao corpo físico de Jesus faria a Bíblia de contraditora e os Apóstolos de mentirosos inspirados escritores.

Infelizmente os Parciais Preteristas não se convencem e usam dois textos que pra eles comprovam que Jesus esteja pra vir em um corpo físico:

1º) Colossenses 2:9 “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; ”

O Apostolo Paulo está provando que Jesus está nos céus em um corpo físico aqui? Não!

Essa carta foi inscrita em 61 d.C, muito antes de 70 d.C E o que está em questão aqui é que a igreja de Colossenses estava sendo influenciada por ensinos filosóficos do gnosticismo o qual pregava culto aos anjos! E com isso contrariava a fé cristã entre eles. O que Paulo fez foi mostrar que Cristo é superior a qualquer criatura na terra como no céu, pois era o próprio Deus vivo! (Col 2:4-10). A questão foi apresentar que o Cristo que ele pregara era divino e único digno de culto e reverencia.

2º) I João 4:2 “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; ”

Primeira de João foi inscrita em 60-65 d.C. Antes de 70 d.C e o texto não comprova que Jesus esteja nos céus no corpo físico aqui.

Assim como Paulo o Ap. João estava enfrentando ataques terríveis de ensinos gnósticos que negava a divindade de Cristo dizendo que era impossível que um ser divino como Deus pudesse habitar em um corpo humano. João por sua vez advertiu a igreja a não aceitar qualquer tipo de ensino, quem negasse em seus ensinos que Jesus fosse Deus encarnado rejeitasse esse tal profeta. Mas se ele ensinasse em Cristo, esse era um ensino verdadeiro.

Vocês vejam que eles usam de textos insolados, sem nenhum fundamento para criar suas doutrinas. Em lugar nenhum da Bíblia há legitimidade de que Jesus esteja nos céus em um corpo físico. Acreditar que Jesus esteja realmente de forma física nos céus, ainda que seja na mais boa intensão é andar contrário a Bíblia.

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. 
João 4:24